O massacre num cinema dos Estados Unidos provocou o aumento das vendas de armas no estado do Colorado, junto com o número de licença para porte de armas. Só numa loja de armas que ainda estava fechada, a fila tinha 12 pessoas horas após a tragédia. Um contracenso. Em compensação, o debate sobre o controle das armas também aumentou entre os americanos após esta chacina que deixou 12 mortos e 58 feridos – uma discussão que sempre sofre forte influência dos fabricantes de armas. Estima-se que 200 milhões de armas circulem no país, quase uma para cada cidadão – o que gera enorme lucro interno para a indústria arsenal, somado ao das guerras além fronteiras. É a velha regra do dinheiro com a última palavra, e que alimenta a força insana de um James Holmes. O assassino desvairado não tinha antecedentes criminais, e adquiriu sem restrições armamento pesado e 6 mil balas. A lei também lhe facilitou a entrada no cinema num país onde é permitido o porte de armas.
Graças a Deus que em nosso país as leis sobre o uso de armas é diferente. Já basta o domínio assolador da corrupção, as insanidades do trânsito, a violência dos bandidos, o flagelo na saúde, e tantas outras “armas” mortíferas na mão dos maus. E pensando bem, lá ou aqui, todos os massacres, grosseiros ou disfarçados, são movidos pelo dinheiro. Até o aborto, afinal, elimina-se mais uma boca para alimentar. E assim a vida continua. E também os lucros do filme Batman – o Cavalheiro das Trevas Ressurge, que em respeito às vítimas do ataque que assistiam a nova produção, só foram divulgados nesta última segunda-feira, e que superam todos os recordes. Grande hipocrisia.
Por isto o último livro da Bíblia onde entra em cena um cavaleiro montado num cavalo branco. É Jesus, denominado de “Fiel e Verdadeiro” (Apocalipse 19.11). Narram os simbolismos que este cavalheiro derrotou o monstro e seus exércitos e trouxe um reino sem morte, tristeza, choro e dor (21.4). Para alguns é ficção, mas para outros é a realidade de alguém que ressurgiu das trevas e prometeu: “Certamente venho logo” (22.20).
Marcos Schmidt
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