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sábado, 24 de novembro de 2012

MENSAGEM: FERIADO DA COISA PUBLICA

Feriado da coisa pública
 
Para fugir do calorão carioca naquele novembro, D. Pedro II foi à Petrópolis buscar o ar refrigerado das montanhas. O feriadão do imperador foi a chance dos republicanos para derrubar a monarquia. Ainda hoje quando nossos “reinados” estão em crise, ausentar-se é um risco. Geralmente é na volta das férias que muitos são demitidos. Em todo o caso, os detalhes narrativos da Proclamação da República há 123 anos confirmam que a história sempre se repete. Não só pelas incertezas do que vamos encontrar no retorno do feriadão, mas pela instabilidade dos tronos onde estamos assentados. Que  o digam os réus do “mensalão”, gente que ficou poderosa por meio de esquemas ilícitos para manter uma falsa república. República é uma palavra que vem do latim – res pública, “coisa pública” – que atende por uma forma democrática e justa de governo, onde o poder vem do povo e os bens públicos em favor do povo. Na teoria deveria ser assim. Mas na prática a corrupção insistentemente tem golpeado os direitos dos cidadãos. E a estratégia continua a mesma: aproveitando os feriados, as ausências, a omissão, o deixa prá lá, a fuga do calor.
                                            
O sistema de governo proclamado por Deodoro da Fonseca tem origens na Roma antiga, dos tempos bíblicos quando Paulo escreve que as autoridades estão a serviço de Deus para o bem do povo (Romanos 13.4), ou seja, para um propósito republicano. Ao falar sobre cidadania cristã, o apóstolo diz que “o mais importante é que vivam de acordo com o Evangelho de Cristo” (Filipenses 1.27). Aqui usa o termo grego politeuste no lugar de res publica, lembrando que se tem alguém que não pode fazer feriado nas atitudes cidadãs, este é aquele que proclama que “nenhuma autoridade existe sem a permissão de Deus” (Romanos 13.1).  Até porque qualquer governo humano só tem sustento com a profética proclamação do Natal em que “as bases do seu governo serão justiça e o direito, desde o começo e para sempre” (Isaías 9.7).
 
             
Marcos Schmidt

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