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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

DIA DOS PAIS

Ola, estamos começando a semana anterior aos dias dos pais, onde muitos comemoram com as familias reunidas, almoço, lembrancinhas, presentes e homenagens aos pais.
Disponibilizamos aqui a entrevista completa da Psic. Anissis Moura Ramos, especialista em Psicologia Clínica que colaborou como nosso e BI e nos visitou no Blog, deixando um comentário.


"1. Qual o papel do pai na vida de seu filho?

O pai tem um papel importante na vida do filho, pois lhe cabe a função de educar, guiar, orientar. De mostrar o que é certo ou errado, de transmitir os valores éticos, morais e religiosos.
A presença do pai, no desenvolvimento da vida psíquica da criança, é fundamental. O pai tem a função de ajudar a construir uma estrutura de ego saudável. Cabe ao pai a tarefa de facilitar a passagem do filho, do mundo familiar para o mundo da social, momento em que o filho consegue perceber o pai, não mais como um herói, mas como humano. Com falhas, limitações, finito e mortal. Este momento é importantíssimo, para que o filho possa compreender os pontos falhos do pai e não fique acusando-o ou cobrando-o por coisas que o pai com suas limitações, não pode fazer por ele. Esta compreensão ajuda a resolver os conflitos entre pai e filho.


2. E o que o filho espera do pai?

O filho, muitas vezes, por estar preso a uma figura idealizado de pai, espera que este nunca falhe, pois afinal, é o seu herói. E quando o pai não consegue atender as expectativas do filho, este fica frustrado e passam a viver momentos de conflito.
O filho espera que o pai seja aquela pessoa que lhe dará limites, que lhe acolherá, o escutará, que compreenderá seus conflitos e o ajudará a encontrar soluções, mas que também saberá adverti-lo quando necessário. Que demonstre sua autoridade e não o seu autoritarismo, que se faça respeitar, que seja firme em suas decisões. Assim, o filho se sentirá amado e valorizado, mesmo que reclame da posição do pai, porque sabe que existe alguém que se preocupa com ele. E o ser humano precisa ser reconhecido, valorizado e amado desde pequeno, para que possa construir uma vida saudável.


3. Indique como o pai pode educar seus filhos.

Gritar e bater não são sinônimos de educar, mas sim, um ato de violência. O exemplo é fundamental na educação dos filhos. Ter uma boa conduta, sentar e conversar sobre os problemas, deixar o filho sentado refletindo sobre suas atitudes por alguns minutos e depois dialogar sobre as conclusões do filho são importantes. O diálogo deve ser a base para uma relação saudável na família. O pai precisa saber dizer “não”, sem se sentir culpado. Dizer “não” é ato de amor, desde que, explicado porque do “não”. Mostrar para os filhos, a realidade do contexto familiar, dando aquilo que a família tem condições de oferecer ao filho. Mesmo que a família tenha condições de dar tudo o que o filho pede, é importante que não dê, que mostre alguma dificuldade, pois o não gera a frustração e esta é que o faz pensar. É importante, que o pai lembre que a vida não nos dá tudo o que queremos, e, que cabe a ele preparar o filho para a vida. O pai precisa ser justo, reconhecer os pontos fracos do filho e seus erros e lhe dar razão, apenas quando realmente o filho tiver. Não premiá-lo quando o filho errar, mas sim, lhe dar um castigo, retirando algo que ele goste. Castigo não é algo para ser dado por muito tempo, pois acaba sendo esquecido e o filho passa a não acreditar nos castigos. Saber com quem o filho “tecla” na internet, aonde vai com quem vai e dar o horário para retornar para casa. O pai precisa acompanhar a vida escolar do filho, ir ou ligar para escola para saber como está o comportamento, as notas, a freqüência, olhar os cadernos, ver datas de provas, colocar horário para o filho estudar, incentivar a leitura. Não transformar a agenda do filho, na agenda de um mini executivo. A criança e o adolescente precisam ter horário para estudar, para fazer uma atividade física, para brincar, jogar, conversar com os amigos, ver filmes, ler, desenvolver atividades comunitárias que estimulem o olhar para o outro, para ir ao culto ou a missa, mas sempre sobre a supervisão dos pais. Assim, os pais estarão criando filhos responsáveis, com hábitos saudáveis e longe do mundo das drogas.


4. Indique como os filhos podem ter um bom relacionamento com os pais.

Não existe uma receita para isso, mas a base para que se estabeleça um bom relacionamento entre filho e pai, é o respeito, o diálogo franco e aberto, que permita a construção de uma relação de confiabilidade. Para tanto, é fundamental a postura que os pais têm, não podendo haver uma dissociação entre a fala e o comportamento. Os bons hábitos dos pais, o comprometimento com a vida pessoal, profissional e religiosa é a melhor “receita” para educar os filhos."

Psic. Anissis Moura Ramos

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