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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

MENSAGEM: RELIGIÃO E POLÍTICA

Religião e política

Creio que não interessa para certos segmentos da cristandade o pensamento de Lutero sobre a mistura de religião com política. “Que são, pois, os sacerdotes e bispos?”, pergunta o teólogo lá no século 16. Responde que “o regime deles não é de autoridade ou poder, mas de serviço e função. Não devem impor lei ou mandamento a outros sem a vontade e consentimento deles. Seu governo não é outra coisa que pregar a Palavra de Deus e com ela conduzir os cristãos e vencer a heresia”. Nesta compreensão, o reformador lembra que “é preciso distinguir cuidadosamente os dois regimes, e deixá-los vigorar – um que faz alguém ser cristão, outro que garante a paz exterior e combate as obras más”. Na prática, Lutero diria hoje: Cristãos, escolham pessoas honestas, capazes de fazer e executar leis, competentes administradores. Não usem a política para obter vantagens pessoais e privilégios de poder, mas para servir o próximo. E vocês, pastores, tenham cuidado com seu poder de influência e não subjuguem as consciências, mas permitam que cada qual escolha livremente o seu candidato.

Lutero entendia que “política é o esforço racional permanente e paciente de estabelecer e preservar uma ordem social de acordo com os valores do cristianismo”. Ao citar os fundamentos bíblicos da ética política, defende que igreja e estado, apesar de interligados, são dois governos de Deus com propósitos distintos e com funções que não devem ser misturadas. Lamentavelmente, não é isto que se percebe no cenário brasileiro, especialmente nesta época de campanha política. Onde tudo isto termina? Nos conchavos do “toma-lá-dá-cá” que tanto corrompem a imagem do Evangelho e da própria política. Não é por nada tamanho descrédito nas promessas dos púlpitos e dos palanques. “Uma coisa conseguirão com essa inteligência maravilhosa”, adverte Lutero, “quebrarão o pescoço e  lançarão o país e o povo em desgraça e miséria”.

Marcos Schmidt

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