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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

RESENHA DO CULTO DO DIA 16 SETEMBRO



Tema: “Que nossas palavras sejam agradáveis a Deus” – Tiago 3.1-12

            Estimados irmãos em Cristo Jesus!

            Estamos, mais uma vez, diante das eleições. Enquanto esse dia não chega, acompanhamos pela TV ou pelo rádio as propostas dos candidatos a prefeito e a vereadores. No chamado “horário eleitoral gratuito”( No primeiro mês da corrida eleitoral os cofres públicos ficaram em primeiro lugar no ranking de financiadores de campanhas. Pelo menos R$ 13,6 milhões saíram do Fundo Partidário, isto é, do bolso do contribuinte.), os candidatos tentam, com palavras e argumentos, conquistar a simpatia e o voto dos eleitores. Não faltam promessas: algumas viáveis, outras nem tanto; algumas possíveis, outras totalmente fora da realidade em que vivemos. Em suma, é importante se falar de boas propostas, se comunicar bem, usar bem a língua para convencer de que aquele que fala é um bom candidato.
            Em nosso texto base, o apóstolo Tiago faz menção em vários versículos a respeito deste órgão do corpo tão importante que é a língua.
            Segundo estudiosos da Bíblia, esta carta provavelmente foi escrita por Tiago, o justo, meio-irmão do Senhor Jesus Cristo e um dos líderes da primeira igreja cristã em Jerusalém. Era alguém que conheceu a Cristo e seus ensinamentos, que amava a Jesus e procurava repassar isso para os demais cristãos de sua época e de todas as épocas. Inclusive ele se intitula servo de Cristo, reconhecendo a superioridade do Senhor Jesus. 
            Ao mesmo tempo, sua carta é endereçada “as doze tribos que se encontram na Dispersão”. Quando ele fala das doze tribos, evidentemente lembramos das 12 tribos de Israel, mas, ao que parece, Tiago não apenas dirige a sua carta ao povo de Israel, aos judeus de sua época, mas aos cristãos de todos os tempos e de todos os lugares, também a nós.
            No capítulo 3, Tiago se dedica a questão de usarmos bem a nossa língua, as nossas palavras, o nosso falar. Interessante que, ao falar do assunto, Tiago usa dois importantes exemplos. Primeiro, ele lembra do cavalo e da importância de lhe colocar freio não somente para controlar a sua boca ou cabeça, mas para ter controle sobre todo o animal. Guiando a boca do cavalo, guiamos também os passos do cavalo a fim de que ele percorra o caminho que queremos que ele realmente faça. O cavalo, por si só, não conseguiria isso.
            O outro exemplo: Tiago agora fala do navio. Normalmente pensamos num navio de grandes dimensões. Pois o navio, por maior que seja, é guiado, conduzido por um pequeno leme. Ele está dizendo que o pequeno leme manejado pelo capitão indica a direção/norte pela qual o navio navega.
            Tiago adverte o uso inapropriado da língua. ELe diz que nossa língua é fogo e que nenhum homem é capaz de domá-la, sendo carregada de veneno mortífero. Será que não há exagero nas comparações de Tiago?  Será que temos opinião diferente nos dias de hoje?
            Tiago, como que desabafando, diz também que muitas vezes usamos a língua para louvar e glorificar a Deus, mas também usamos para desejar o mal as outras pessoas. E Tg completa dizendo que isso não é digno dos filhos de Deus.
            Essa reflexão é atualíssima. Aqui podemos abrir um questionamento: Como estamos usando a nossa língua? Será que o que Tiago afirma e contesta, ou melhor, lastima neste versículo também ocorre conosco? Será que muitas vezes, na igreja, louvamos, enchemos os pulmões e com alegria cantamos, oramos, falamos com Deus, utilizamos nossa língua para glorificá-lo, ah! Mas no nosso dia a dia as coisas são bem diferentes? Caluniamos, difamamos, fazemos fofoca, rejeitamos as pessoas?
            Quero fazer duas reflexões: A primeira - se não temos nada de bom para falar das pessoas, fiquemos calados. Lembro as palavras de Lutero acerca do oitavo mandamento: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”, quando ele diz que devemos falar bem dele (do próximo, das pessoas), e interpretar tudo da melhor maneira.
            Uma outra reflexão: Se temos algo contra alguém, ou se alguém pecou contra nós, não devemos usar a língua para falar mal dele, espalhar a fofoca, semear o desentendimento. Mas, como o próprio Jesus ensina, devemos conversar com ele, e se ele se arrepender do seu pecado ganhamos um irmão.
            Todo aquele que não busca a Deus e não procura viver uma vida cristã, em palavras, pensamentos, atitudes, está literalmente longe de Deus e do seu perdão, e nada merece senão a condenação eterna.
            Frear a língua é possível, dominar e escolher melhor as nossas palavras também.  Louvor sincero, de coração, conforto e testemunho aos outros, palavras de ânimo e de perdão, são ações que Deus espera e deseja de nossa língua. 
            Sendo sinceros, vamos reconhecer que nem sempre isso acontece em nossas vidas. Então, precisamos primeiramente reconhecer os nossos pecados e pedir perdão por todos eles, também pelos pecados da língua.
            Ao mesmo tempo, firmados em Cristo, que sempre disse palavras justas, corretas, palavras de amor e de perdão, buscar viver e falar o correto. Que as palavras de Jesus sejam sempre o nosso norte.  Que, firmados pela ação do Espírito Santo, sejamos fortalecidos pelo ouvir da Palavra e pelo participar da Santa Ceia.  Que as palavras dos nossos lábios e o meditar dos nossos corações sejam agradáveis diante do nosso Deus e também e nossos irmãos na fé, não só em épocas especiais, mas em todos os dias de nossa vida. Que Deus nos abençoe hoje e sempre no falar e no viver o Cristo para todos. Amém.

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