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terça-feira, 25 de setembro de 2012

MENSAGEM

Bíblia vulgar

Qual o seu entendimento da palavra “vulgar”? Dependendo da tradução, pode ter significados diferentes. Uma boa tradução precisa reproduzir com exatidão o significado da mensagem, e de um jeito natural e compreensível. Foi isto que fez Jerônimo com a Bíblia hebraica e grega para o latim, conhecida por Vulgata – vulgar ou comum. Ele morreu no dia 30 de setembro de 420, e por isto é o Dia da Bíblia para os católicos e o Dia da Tradução para o mundo secular. A versão de Jerônimo, no entanto, tornou-se por séculos a única permitida pela Igreja, condenando a obra de Wycliffe para o inglês no século 14, de Lutero para o alemão no século 16, e impedindo o “ir para todas as nações”. Hoje a cristandade reconhece que o Evangelho não está preso numa língua ou cultura e pode-se ler as Sagradas Escrituras em mais de 2.500 línguas.


Mas idiomas sofrem transformações. Traduções, por isto, precisam de constantes ajustes, caso contrário, não cumprem sua função. É o caso da Bíblia no nosso português, quando as versões mais conhecidas estão longe da compreensão popular. O próprio Lutero, que também traduziu para uma linguagem vulgar, até o final da vida ajeitou a Bíblia alemã. Ao falar do ofício de tradutor, disse que “para traduzir num puro e claro alemão é necessário ter como medida a língua falada do povo, uma língua vigorosa, direta e plástica”.


Os cristãos acreditam que “toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver” (2 Tm 3.16). Jerônimo sabia disto, ele que tinha um temperamento explosivo. Pois é assim que Deus traduz o seu amor ao mundo, através de nossos pecados. Para sermos compreendidos, só mesmo através da “Palavra que se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade” (João 1.14). No final, ao falarmos de uma Bíblia vulgar, até nisto precisamos de uma boa tradução.


Marcos Schmidt

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